Muitas vezes imaginamos espaços. Mais difícil é pensarmos em espaços abertos, híbridos, em contínua transformação, permeáveis às diferentes culturas que na cidade residem. Lugares de coexistência, de partilha, de troca, de apoio mútuo, que se moldam com as comunidades que os contaminam e que os habitam.

São cruzamentos, linhas convergentes que juntam caminhos diferentes no dia-a-dia frenético do espaço urbano. São lugares desenhados para quebrar barreiras e desconstruir os parâmetros hegemónicos existentes, onde para aceder não passas fronteira nenhuma, e que estão à espera de tomar vida ao serem apropriados.

Hoje queremos começar por aqui: abrindo espaço à conversa e ao debate, para quem se quiser juntar. Para que, lugares como este, possam absorver sugestões e transformar-se para um outro futuro.

A instalação “Espaços futuros” surge da urgência de uma pergunta que nos foi colocada pelo Goethe Institut: como transformar e abrir este espaço de cultura para o futuro? A nossa proposta é que comecemos por perguntar a quem o usa. Através de uma instalação participativa, convidamos as pessoas a contribuir com as suas respostas escrevendo nos azulejos que compõem as peças da instalação. Ao longo de um mês os azulejos foram sendo preenchidos, culminando num debate no dia do aniversário Goethe Institut, em que as peças servem de mote, bancos e cenário para a conversa tida no jardim.

o que é que procuras num espaço cultural?

que tipo de atividades podem trazer pessoas que normalmente não o atravessam?

como imaginas os lugares da cultura do futuro?

Equipa: Colectivo Warehouse

Cliente: Goethe Institut

Com: Ruben Teodoro, Monica di Eugenio, Raquel Santos